O ramo de serviços, composto por setores como telefonia, restaurantes, tecnologia da informação, hotelaria e salões de beleza, teve uma queda de 0,2% em janeiro se comparado com dezembro de 2024. Esse resultado é considerado estável, visto que não foi uma queda significativa, e é atribuído principalmente ao fraco desempenho das atividades de transporte.
De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (13), o setor teve um aumento de 1,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, o que representa a décima alta seguida nessa comparação. Já no acumulado de 12 meses, houve uma expansão de 2,9%.
Analisando os dados de janeiro de 2025 em relação a dezembro de 2024, foi possível observar que três dos cinco grupos analisados tiveram queda:
– Serviços prestados às famílias: -2,4%
– Informação e comunicação: 2,3%
– Profissionais, administrativos e complementares: -0,5%
– Transportes, armazenagem e correio: -1,8%
– Outros serviços: 2,3%
O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, destacou que o setor se manteve estável, após atingir seu pico em outubro de 2024 e apresentar variações negativas nos últimos três meses. Lobo ressaltou que houve uma desaceleração, já que em dezembro o acumulado de 12 meses era de 3,2%.
Em relação aos estados, 17 das 27 unidades federativas tiveram resultados negativos em janeiro, com destaque para o Distrito Federal (-8,7%) e Santa Catarina (+3,4%). O setor de transportes, armazenagem e correio teve uma queda de 1,8%, sendo a principal influência negativa devido ao seu peso no setor de serviços.
O transporte de passageiros foi o grande impactado, com uma queda de 7,6% de dezembro para janeiro. Já o transporte de cargas teve um recuo de 0,7%. A pesquisa também apontou uma redução de 2,4% nos serviços prestados às famílias, explicada em parte pelo comportamento da inflação que inibe gastos supérfluos.
No setor de informação e comunicação, o destaque foi para o segmento de tecnologia da informação, que cresceu 7,8%. As atividades de turismo apresentaram uma retração de 6,4% em janeiro comparado a dezembro, a maior queda desde março de 2021. Apesar disso, o turismo está 7,2% acima do nível pré-pandemia e 6,4% abaixo do ponto mais alto da série histórica.
