Artimanhas fraudulentes: ex-ministro afirma desconfiar de urnas há muito tempo.

Adolfo Sachsida, ex-ministro de Minas e Energia do governo Bolsonaro, declarou que não se surpreendeu com a discussão sobre as urnas eletrônicas durante a reunião ministerial de 5 de julho de 2022, mencionada nas investigações da suposta trama golpista. Em seu depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) hoje, Sachsida, testemunha do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, enfatizou que as pessoas questionam as urnas há anos.
Ele lembrou que pediu aos ministros para defenderem mais o governo e que houve uma questão sobre as urnas eletrônicas, mas que não viu como algo novo, já que muitas pessoas no Brasil questionam as urnas desde 2007. Sachsida destacou que a discussão sobre as urnas eletrônicas na reunião deve ter durado um bom tempo.
A Polícia Federal encontrou a gravação da reunião citada em um computador apreendido com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid. Ministros de Estados e comandantes das Forças Armadas estavam presentes na reunião, na qual, segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, houve pressão sobre os participantes e insistência na narrativa de fraude eleitoral.
Anderson Torres, junto com outras 30 pessoas, incluindo Bolsonaro, é réu na ação penal no STF relacionada ao plano de golpe de Estado que teria sido planejado na última eleição presidencial. No depoimento, Sachsida afirmou que não foi discutido nenhum plano de abolir o Estado Democrático de Direito na reunião de julho.

By Acre Já

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