Segundo o Boletim Focus divulgado nesta terça-feira (22) pelo Banco Central, as projeções do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) indicam uma leve queda, passando de 5,57% para 5,55% este ano. Para os próximos anos, a previsão é de 4,5% em 2026, 4% em 2027 e 3,78% em 2028.
Apesar de estar acima da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional em 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o IPCA de março fechou em 0,56%, pressionado principalmente pelo aumento nos preços dos alimentos, de acordo com o IBGE. Em 12 meses, a inflação acumulada é de 5,48%.
Para controlar a inflação, o Banco Central tem utilizado a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 14,25% ao ano. Com a alta do preço dos alimentos e das energias, o BC elevou a Selic em um ponto percentual na última reunião, sinalizando que continuará monitorando a política econômica do governo.
A projeção do mercado é que a Selic chegue a 15% ao ano até dezembro, mas para os anos seguintes a expectativa é de redução, com previsões de 12,5% ao ano em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Quanto ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a previsão é de 2% este ano e 1,7% em 2026. O dólar está projetado para encerrar este ano a R$ 5,90 e atingir R$ 5,95 em 2026.